Educação matemática no curso de pedagogia da AMF

Autores

  • Dilce Cardoso

Resumo

Partindo do pressuposto de que todos os alunos que passam pela Educação Básica (EB) aprendem matemática, espera-se que os acadêmicos também conheçam esse componente curricular e que saibam lidar com ele. Nossa pesquisa pretende corroborar com outros pesquisadores, brasileiros e estrangeiros, sobre o medo e a insegurança que afetam futuros professores dos anos iniciais ao ensinarem matemática. Esses, além dessa disciplina, terão a incumbência de ministrar outros componentes curriculares. A investigação aconteceu com um grupo de 15 alunas do Curso de Pedagogia, da Faculdade Antonio Meneghetti, nas disciplinas de Educação Matemática I e II, no período de agosto de 2020 a janeiro de 2021. Portanto, trata-se de uma pesquisa qualitativa de campo, a qual teve, como instrumento de coleta de dados, um questionário semiestruturado e o memorial descritivo das alunas a respeito de suas experiências com a aprendizagem da matemática quando frequentaram a EB. O objetivo da pesquisa é discutir a formação dos futuros professores do Curso de Pedagogia em relação à construção feita pelas participantes do estudo acerca dos conceitos matemáticos os quais posteriormente terão que ensinar. Constatamos que as alunas, na EB, foram ensinadas com base no modelo tradicional, a partir de regras e de formas mecanizadas de utilizar a matemática, o que ocasionou medos e anseios. Concluímos que, empregando uma concepção de matemática aberta, criativa e visual, é mais fácil cativar e fazer com que os futuros alunos das participantes da pesquisa compreendam todos os processos de construções matemáticas, sem medos nem pressa. As professoras, desse modo, perceberam que “os erros” são etapas de construção e fazem parte da aprendizagem, por isso, o “fazer rápido”, em matemática, não pode ser sinônimo de aprendizagem.

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Biografia do Autor

Dilce Cardoso

      

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Publicado

2022-04-20