A leitura da palavra e a escrita do pensamento: concepções docentes em alfabetização
Resumo
O escopo de abordagem deste artigo é o de propor algumas reflexões a cerca das concepções agregadas na trajetória formativa docente, tecida ao longo de escolhas de aprofundamento teórico e de experiência histórico-prática. Tendo como foco o processo de alfabetização é possível constatarmos a necessidade de transformar as práticas de ensino tradicional considerando os achados de pesquisas nas áreas de pedagogia, linguagem e psicologia da educação. A aprendizagem passa a ser protagonizada por quem aprende na mediação de saberes e não mais na transmissão e recepção de conteúdos. No entorno de tais práticas, emergiram nas duas últimas décadas, os visíveis descompassos cognitivos praticados em moldes resultantes da interpretação culturalmente dominante a respeito da alfabetização. Como docentes, alfabetizarmo-nos metodologicamente no viés que desconstrói certezas resultantes da prática, pode nos auxiliar a visualizarmos o que de certa forma é palpável nas relações de ensinar e aprender. Em educação o verbo garantir não encontra conjugação entre o real e o protagonismo aprendente . O mesmo se refere ao termo eficácia. O futuro das relações educativas são promovidas pelas experiências que vivemos e não pela escolha do método que não as considera. As experiências, precisam ser o marco de propostas visíveis em concepções para uma educação que vise o futuro. As práticas alfabetizatórias tão arraigadas de passado, por não haver ,talvez, um debruçamento denso sobre pesquisas e seus processos, precisam se impregnar de possibilidades de futuro pelas ondas de transformação e mudança que representam os cursos de formação de futuros professores.
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